sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

REFLEXÃO DE UM ESCRIVÃO

   O estudo do princípio da isonomia é imprescindível face às mutações que permeiam a ciência constitucional e aos novos anseios da sociedade brasileira e mundial neste limiar do século XXI.
     O princípio supra-epigrafado tem como escopo a periclitância dos privilégios de classe, crença , origem. Ademais, tem gênese no Brasil com a primeira constituição republicana em seu artigo 72 ‘ todos são iguais perante a lei’.
     Contudo, elevo o conceito do princípio supra para uma reflexão acerca dos inúmeros problemas cercados em nossa classe. Um dos problemas que mais afetam os nossos colegas são as cotas de PJES e Reflorestar, que por questões financeiras, ocasionados pelos baixos salários e quantitativo de pessoal, geram uma demanda bem maior que a oferta, por consequência, afloram uma afronta ao princípio constitucional e são vergonhosamente utilizados como moeda de submissão.
    O maior absurdo é promovido pela argumentação dos gestores que praticam e comungam dessa atitude desrespeitosa: "- ...SÓ TIRO O PLANTÃO COM MINHA EQUIPE DE CONFIANÇA..."

    Regra básica e principal para participação do PJES e Reflorestar:
- SER VOLUNTÁRIO!
Perguntas:
1) de quem são as cotas? dos Delegados ou da Polícia?
2) quem é a polícia civil de PE?
3) se os policiais que desempenham suas atividades laborativas normais em seus expedientes normais estão aptos a realizar seus trabalhos normalmente, por que não são contemplados pelas escalas Extras?
4) que "confiança" é essa que os delegados procuram na polícia? principalmente nos plantões extras, que no seu próprio nome já diz tudo "EXTRA".
5) será preciso que os policiais voluntários ao serviço extra, que precisam se sacrificar para proporcionar uma vida melhor a sua família, precisam se submeter a moedas de troca, se submeter a escravidão velada, se submeter as vaidades dos gestores, se submeter a vergonha da categoria?
6) que polícia é essa?

..."QUE DEUS ABENÇOE A TODOS".... 

        Acredito na polícia, acredito na sociedade, e tudo isso só será possível com um desapego aos preconceitos,  numa construção progressiva e conjunta, precisamos sair da caverna e mostrar que polícia se faz com trabalho, não com números!

LUCIANO GONÇALVES
ESCRIVÃO DE POLÍCIA

Um comentário:

  1. é isso mesmo !!! denuncia sempre de tudo que envolva falta de humanidade e justiça. precisamos tirar esse grupo de mando e desmandos do sinpol! amigos da onça....

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