quinta-feira, 24 de abril de 2014

Tensão aumenta entre policiais militares e Governo e ameaça de greve ganha força

Governador João Lyra afirmou que não pretende negociar ganhos salariais
Atualizada às 21h50

Após participar de uma reunião para discutir pautas de reivindicação dos policias militares, o governador de Pernambuco, João Lyra, afirmou em entrevista, nesta quinta-feira, que não pretende negociar ganhos salariais para a PM por cumprir valores de aumento previstos em um acordo firmado no ano de 2007. Insatisfeitos com a atual situação, os profissionais programaram uma passeata no Recife, nesta sexta-feira, a partir das 13h30. Segundo Joel da Harpa, um dos organizadores do movimento, a expectativa é que o número de participantes no ato chegue a 10 mil. Após as cenas de violência registradas em Salvador, que recentemente acompanhou a paralisação de policiais, o temor de uma possível greve dos militares em Pernambuco já começa a rondar a cidade.

Depois da afirmação do gestor estadual sobre o encerramento das negociações, um dos integrantes da organização da passeata, que preferiu não se identificar, criticou a posição do Governo e afirmou que os policiais consideram o acordo de 2007 como ilegítimo, por ter sido firmado com um representante da categoria eleito de forma fraudulenta. Além disso, a tensão entre os profissionais e a gestão do Estado, além da possibilidade de uma greve da PM ser decretada já nesta sexta-feira (25), aumentaram após as declarações do governador.
Segundo a fonte do Portal FolhaPE, o acordo que o governador se referiu nesta manhã foi firmado com a antiga presidência da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros (CB). Gestão que não representava os anseios da PM e foi deposta, através do processo de n°0072594-10.2013.8, promovido pela 29° Vara Civil da Capital, por ter sido eleita de forma fraudulenta. “Esse acordo não é válido para a tropa, pois foi feito por um falso representante destituído e que, legitimamente, não nos representava. Então, se a eleição não foi legítima, e nossa tropa enganada no processo eleitoral, o acordo não vale”, afirmou a fonte.

Nesta sexta-feira (25), às 13h30, os policiais realizam uma passeata até o prédio da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), com saída do Memorial de Medicina do bairro do Derby, para solicitar ajuda dos parlamentares da casa. “Estivemos nesta quinta-feira na Alepe, onde pleiteamos a criação de uma comissão que irá receber a tropa, nesta sexta-feira. Elaboramos a pauta de reivindicações, que será entregue aos parlamentares”, informou Joel da Harpa, um dos líderes do movimento. Em entrevista ao Portal FolhaPE, ele não quis adiantar sobre a possibilidade de greve já nesta sexta-feira.

No entanto, segundo informações de outras lideranças do movimento, a pauta com as reivindicações será apresentada à categoria, que analisará as propostas. “Dependendo da forma como a tropa receber as propostas, uma greve pode ser decretada sim. É a tropa quem vai decidir pela paralisação, a depender também da quantidade de policiais que participarem da passeata. Tudo isso será resolvido na hora”, informou a fonte. De acordo com informações extra-oficiais, policiais que demonstraram apoio ao movimento, mas que não participarão do ato, já informaram que vão ficar aquartelados, a partir das 15h30, numa espécie de operação-padrão.

Uma das fontes do FolhaPE ligada ao movimento salienta qual o objetivo do ato. “Queremos dignidade para o serviço e estamos dispostos a tudo. Faremos uma mobilização pacífica, mas não estamos para brincadeira. Queremos melhores remunerações e condições de trabalho e, para isso, precisamos firmar um novo acordo com o governador e colocar uma nova liderança na Associação de Cabos e Soldados da PM e do CB”.

Interior                                                                                                               

Lideranças do movimento informaram que dezenas de policiais militares do Interior do Estado já confirmaram participação na passeata, que acontece nesta sexta. Ônibus vindos de Garanhuns, Cabrobró e Petrolina já foram confirmados no ato. “Contaremos com a presença de PMs do Sertão e também do Agreste”, disse Joel da Harpa.

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A PM quer aumento além dos 10% acordado, que, inclusive, os Policiais Militares afirmam, acima em negrito, que tal acordo foi firmado com representantes eleitos de forma fraudulenta. Quer renegociar o aumento e é JUSTO, pois o Governo paga muito mal ao servidores da segurança pública.

Lembrando que o último acordo com a PM foi o aumento escalonado de: 2011=10%, 2012=10%, 2013=10% e 2014=10%, ou seja, quatro aumento de 10%. Nós, Policiais Civis, tivemos neste período três aumentos: 2012=8, 2013=8 e 2014=14%, resultado do FAMIGERADO ACORDO QUE O SINPOL FEZ COM O GOVERNO EDUARDO CAMPOS.

Queremos aqui deixar claro que apoiamos a Luta por melhores salários para todo conjunto de servidores da segurança pública de pernambuco. A crítica é que a nossa representação sindical nos empurrou de guela abaixo um acordo sem a maioria da categoria aprovar. Devido a este acordo temos um dos piores salários de polícia do País, nosso final de carreira, com todos os aumentos previstos, chegará em Junho de 2014 a R$ 5.582,13, isso com mais de 25 anos de serviço, no enquadramento de Setembro, ainda.

Será que a culpa de nós termos UM DOS PIORES SALÁRIOS DO BRASIL é só do Governo?

Ou será que falta um sindicato verdadeiramente de LUTA?

O que ocorre é que aquela que deveria ser nossa maior fortaleza na luta desigual travada contra o Estado não nos representa nem defende nossos interesses de forma Combativa e Intransigente, preferindo em vez disso ficar sendo subserviente aos interesses do Governo, deixando de lado seu papel: LUTAR PELA VALORIZAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS DE PERNAMBUCO!

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